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Líderes das duas maiores facções criminosas do Brasil, Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, e Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, receberiam atendimento privilegiado dentro dos presídios federais de segurança máxima onde cumprem pena.
De acordo com relatos de policiais penais, Marcola, chefe do Primeiro Comando da Capital (PCC), teve acesso a um dentista particular no Presídio Federal de Brasília, inclusive para a realização de um procedimento estético. Já Beira-Mar, líder do Comando Vermelho (CV), contornou com atendimento psicológico particular no presídio federal de Catanduvas (PR).
Ambos os serviços, de psicologia e odontologia, são oferecidos regularmente em unidades por profissionais contratados pelo governo federal.
Desde o final de 2024, foram feitas pelo menos cinco tentativas de obtenção de esclarecimentos do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) e da Secretaria Nacional de Políticas Penais sobre esses atendimentos. Até a publicação desta reportagem, nenhuma resposta foi dada.
As visitas íntimas e com contato físico nos cinco presídios federais de segurança máxima do país — localizadas em Catanduvas (PR), Porto Velho (RO), Campo Grande (MS), Mossoró (RN) e Brasília (DF) — foram proibidas em definitivo desde 2019, com a entrada em vigor da Lei n° 13.964/2019, conhecida como “Pacote Anticrime”. No entanto, segundo as denúncias, o atendimento por profissionais particulares, com contato direto, ocorreu desde o ano passado.
Marcola e Beira-Mar acumulam centenas de anos de denúncias por crimes como organização criminosa, execuções com requintes de crueldade e tráfico internacional de drogas e armas.
Fonte: Por Capital Rondônia
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